Leito Derradeiro
Com os olhos bem abertos, nada posso ver
E quando os fecho nenhum sonho vem
Eu me pergunto, por que insisto em querer
O que nunca terei, sempre vivi sem
Não posso dizer que estou vivo, não pareço
Trocaria minha vida por qualquer algo vulgar
Porque sempre acabo sozinho e entristeço
E nada nem ninguém pode, jamais, me ajudar
Eu lutei, dei minha alma, sempre fui forte
Entreguei meu coração, dei o meu melhor
Mas mesmo os melhores sucumbem à morte
Nada pode ser feito quando chega o pior
A falha veio, não demonstrou piedade
Trouxe com ela o Fim, seu grande parceiro
Tomaram conta de mim, absorveu-me a maldade
Agora meu corpo jaze no seu leito derradeiro
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Versão original em inglês:
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3916614