Quando nada resta
Se me cegam, ainda tenho o toque
Se tiram meus braços, ainda posso caminhar
Se cortam minhas pernas, ainda posso cantar
Se me calam, ainda posso ouvir
Se me ensurdecem, ainda posso pensar
Se freiam meus pensamentos, ainda posso sentir
Se ferem meus sentimentos, ainda posso sonhar
Se me despertam, ainda posso viver
Porém, se me matam, ainda posso ver tocar, caminhar, dançar, cantar, ouvir, pensar, sentir, sonhar... enfim, viver. Pois, ainda que me tirem tudo, ainda assim eu tenho alma.
Ninguém pode me roubar daquilo que eu sou.