Procuro no Céu
Procuro no céu por meus atos,
Saber as respostas dos fatos,
Da vida a razão de ser.
Se vejo no céu as estrelas,
Que bom do céu recebê-las,
Que bom não ter que entender.
Aos olhos me falta pujança
Pra ver as estrelas e a dança
Que quero, mas nunca vou ter.
Sublime e ternura, a lembrança,
Mais forte ainda que a lança
Que um dia me há de conter.
O tédio. Saber da vida a razão?
Pra quê essa obrigação?
Por que não parar... e viver?
Rio, 04/04/1996