MUNDO SEM CORES


O vento, tão gelado,
sobre esse ribeirão,
traz de volta um passado,
gera no ermo, a solidão...

O silêncio da natureza,
com o vento navega,
no vale, só a tristeza,
que a saudade carrega...

Nem um pássaro canta,
até o eco se calou...
Um nó na garganta,
uma lágrima rolou...

Mais uma silenciosa tarde,
e uma olhada derradeira...
Mas...Meu olho arde,
ao ver uma cachoeira...

Tudo triste no arrebol,
um mundo sem cores,
foi se embora o sol,
recolheram se as flores...

Levo a alma embora,
desse lugar tão perdido,
o coração em mim chora,
esse viver desiludido...


GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 01/10/2012
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