Solidão

Sinto-me vazia e extenuada,

Desconfigurada em pleno arrebol,

Banho-me com a luz do sol

E umedeço de brilho a pele suada.

Dia claro e de forte calor

Massageia-me o corpo com sua brisa,

Minhas mãos de veludo a tez alisam

E me sinto renovada, pronta para o amor.

Na noite dos pirilampos há força motriz

Que meu organismo expele como diarreia

Entre as quatro paredes da suíte sem plateia...

Depois o sono numa penumbra de verniz

Acaricia o sonho que se esvai pela janela

De um quarto sombrio onde dorme a cinderela!

Dalva de Oliveira
Enviado por Dalva de Oliveira em 01/10/2012
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