.:. Morfeu .:.
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Voo em fictícias asas.
Há silêncio absoluto.
E no tempo do instante,
da insone noite, migro,
visitando extremos.
Pousarei...
A cabeça do carrasco
sentirá meu pesar.
E o meu toque,
a força vermelha da papoula,
será a razão do sono.
Não há ruídos.
Por que o espanto?
Materializo-me,
viro homem...
Acorde! Urge despertar.
Mas no outro mundo, acredite,
é necessário, premente,
que continue o transe do sonho,
mantendo a ilusão do meu mito
como está.
Crato-CE, 12 de abril de 2012.
22h15min
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