.:. Morfeu .:.

.:.

Voo em fictícias asas.

Há silêncio absoluto.

E no tempo do instante,

da insone noite, migro,

visitando extremos.

Pousarei...

A cabeça do carrasco

sentirá meu pesar.

E o meu toque,

a força vermelha da papoula,

será a razão do sono.

Não há ruídos.

Por que o espanto?

Materializo-me,

viro homem...

Acorde! Urge despertar.

Mas no outro mundo, acredite,

é necessário, premente,

que continue o transe do sonho,

mantendo a ilusão do meu mito

como está.

Crato-CE, 12 de abril de 2012.

22h15min

.:.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 30/09/2012
Código do texto: T3908962
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