Meu Silêncio
MEU SILÊNCIO
Ouço o vento uivante, na quietude da noite quero meu silêncio,
Busco aguçar meus sentidos, ouvir somente a brisa, minha confidente,
Não quero lágrimas, elas secaram, nunca mais voltaram, mesmo sendo teimosas,
E se sorrir, que o disfarce não me acompanhe, seja sincero, não disfarçado,
Pois muitas vezes tentei aquietar minha alma bem ferida e muito machucada.
Busquei razões num amor que de repente cessou e jamais acreditei terminar,
De maneira um tanto impiedosa, pois sacrificou uma vida tão amada, querida,
Pois muitas vezes sussuramos um amor eterno que imaginei nunca cessaria,
E que de repente se foi, buscando alturas, onde repousa, sorrindo, me acenando,
Acreditando que pode estar me espiando, brincando até, se escondendo.
Se eu fiquei buscando novo encanto, pois a que tinha para sempre se ausentou,
Acredito ter somente aquietado minha alma de solidão que nunca cessava,
Que insinuava, busque nova parceria, apague suas tristezas, muito doloridas,
E depois, num prenúncio que meu coração já indicava caminhos,
Encontrei um amor, quem sabe, para atenuar essas minhas inquietudes.
Assim, apaziguado minhas emoções, minhas saudades que jamais voltaram,
Volto meu amor para um novo ser, de feições meigas, faces bonitas, sorriso aberto,
Lindos olhos, verdes como a cor do mar, que me inquietam quando me fitam,
E as caricias, que meus sentimentos aceitam e correspondem aos afetos,
Respondo então com verdades, verdades puras que só meu coração sabe ditar.
Jairo Valio