O Silêncio
O Silêncio
De repente morreu-me a voz nos lábios
E o silêncio fez prevalecer.
O vento não mais soprou, nem as flores desabrocharam.
O tempo emudeceu-se,
Calou-me o grito.
Senti-lhe o olhar impiedoso: a fúria do libido.
Quisera falar em abundância nesta hora extrema;
Pôr em evidência as mais raras palavras ou mesmo arrebentar as fibras vocálicas.
Porém, restou-me o sussurro apenas.