Melancolia na Brisa Primaveril
Clara da Costa
Um poema sem rima,
abraçado em sintonia
pelo suave sopro da brisa,
veio acalmar a melancolia.
Entre as ondas melódicas do silêncio
o amor está adormecido
em completa ausência,
num vazio de tempo vencido.
Verdades e risos,
brincam às escondidas,
guardados em verdades que se calam
e que precisam ser esquecidas.
A vida continua
caminhando de mãos dadas com o tempo,
desenhando palavras ocas à lua,
rabiscando versos nas estrelas.
O sonho adormece
entre sentimentos envelopados,
em cada palavra que suavemente falece,
na brisa primaverial que balança as cortinas...