A TAL FELICIDADE
Há dias em ela que se esgueira fugidia
E só quer brincar de esconde-esconde
Adora desviar-se de quem a perseguia
Em outras vezes se deixa ver de soslaio
Quando ela se camufla ou se manifesta
Vai atiçando os sonhos até não sei onde
Escravizando ao rei, ao ogro e ao lacaio
Para uns é evento e para outro é enleio
Inventa ser doce, mas depois é salgada
Deseja se parecer com o arroz de festa
Ao ser alcançada, ignora-se o tal anseio
Ao se dar por elas... Perdeu-se o bonde
Pois a tal felicidade pode dar em nada!