ENQUANTO NADA ACONTECE
Enquanto não durmo, amanheço.
E esqueço nos versos o que iria dizer...
embora não haja quem possa ouvir ou saber,
ou mesmo ler o que já não digo.
Enquanto não durmo, me levanto,
espanto o sono e permaneço.
Entre letras solitárias e afins,
numa compreensão insólita de outra madrugada.
Mais nada.