O que não se vê

A dualidade me confunde

Quando digo o que me mando dizer

Sem querer dizer o que disse

O tempo me consome aos poucos,

Cada vez mais depressa

E a certeza de não saber,

Eu nem ao certo sei.

Sonho acordado e quando durmo,

Meu sonho não se realiza.

Vivo em solidão e tristeza,

E me contento em não estar só.

Sinto o peso do que penso

Penso no que não vejo e sei

Que o que vejo não me incomoda

Mas o que imagino... me mata!