SOB O LUAR DE MINHAS NOITES
Nenhuma novidade no ar que respiro,
enquanto aspiro o vazio de horas infinitas.
Nenhuma beleza no que vejo,
enquanto o desejo consome meus dias,
desfazendo em mim as ilusões mais aflitas.
E nada mais persigo, apenas sigo.
E prossigo num divagar que é ausente.
Não fosse esse sentimento latente,
que insiste em não passar pelo futuro,
seria eu, não um cavaleiro andante
em busca do que não mais existe...
mas, uma nuvem breve e flutuante,
brilhando no alto de um céu escuro...
onde o luar ainda persiste.