INVISÍVEL SONHADOR

Na calçada gélida, repousa o sonho perdido

As costas sujas de tanto dormir sozinho

Olhos vermelhos do choro das três e meia

Lembrando triste os dias, da ribanceira

Carros que passam rapidamente

Gente e fumaça embaçam o dia

Oculta aquilo que era rotina

A luz solar que nem mais se via

De pé, caminha arrastando-se

Esbarra em corpos limitados

Torpes, egoístas

Todos cheios dum vão enfado

Ele, invisível desprezado

Troca sonhos por comida

Seca as lágrimas na roupa

Se senta, a pensar na vida.

Deperiret Sonus
Enviado por Deperiret Sonus em 15/09/2012
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