SOLITÁRIA EMBRIAGUEZ
Eu acordo no meio da madrugada
minha boca amarga
sinto uma azia danada
eu exagerei na bebida
usei o álcool pra curar minha ferida
Mais a realidade crua continua!
minha ferida continua aberta
ela não cicatrizou
sinto-me ferido
desde que ela me deixou
Sinto-me doente,
meu corpo queima
minha retina arde
sinto-me abandonado
caem dos meus olhos
as lágrimas amargas
Ela não fez por maldade
ela apenas deixou de me amar
afinal ela dizia que comigo
ela não tinha mais alegrias
tinha acabado nossa felicidade
essa e a minha realidade
Não adianta eu me embriagar
não adianta arrumar subterfúgios
as vezes eu fujo do meu quarto
procuro um bar aberto
quero sair desse deserto
não quero chorar,
quero beber pra esquece-lá
Mais e só acordar que a realidade
ainda me espera
fico com a boca amarga
fico com os olhos marejados,
continuo ferido
sinto uma dor no peito que me sufoca
Mais de quê adianta beber essa vodca?
ela não vai me curar
de quê adianta me embriagar?
posso ficar momentaneamente anestesiado
mais quando eu acordar
essa dor vai continuar
ai vou chorar outra vez
nessa minha solitária embriaguez