.:. Desabafando em tom menor .:.

.:.

Tenho crise, estou em crise...

Um tremendo estresse neurônico!

Meu corpo pulula, orfeônico,

Em inimagináveis digressões.

Que se danem as folhas,

As árvores...

Elas não me balançam mesmo!

Que se danem os animais extintos...

Sou minha própria evolução!

Elogios são apenas palavras;

as palavras não provocam toques...

sem o toque, não há troca de suores...

Que se danem os cupins, isso mesmo!

O que comem e devoram não vejo.

E se não vejo não sinto a destruição!

Que se danem as mulheres, todas!

Vocês são maliciosas, desalmadas;

Merecedoras de tabefes e palmadas.

Odeiam a sinceridade e a gentileza;

adoram o engano, com realeza.

Como não é verdade, claro que é!

Se mentimos vocês nos amam...

Se revelamos nossas limitações

Fogem...

Criticam...

Mesmo desejando.

Odeio as mulheres que odeiam:

A verdade

A sinceridade

O valor do desvalor.

Prometo que, de agora

Em diante,

Serei insidioso homem,

o tirano mentiroso

que a urbe exalta!

Que morram os homens dignos;

que morra a sinceridade...

Mas que não morra, nunca,

O amor!

Nijair Araújo Pinto

Crato-CE, 03 de outubro de 2008.

23h04min

.:.

Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 11/09/2012
Reeditado em 14/09/2012
Código do texto: T3876488
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.