MINHA

"MINHA"

Ama de ti,

Diva de chama

Vai-te a fama

Ao dar-te franca

À choques de lama

Fresca

Ama de fim,

De começo

Que Dali,

Não mais entendo

Manta em ti

Enlama,

Um amor

Hoje seco

Fator de primazia

Cama molhada

Melanina,

Para o amarelo da pele

Que digo,

Que ainda quero!

Progressa serventia de santa

Trêmula bandeira que dessera

A mrcha em trancos

Em que perco o passo

Que falso,

Em março,

Se desfez

Laço terminável

Abominável marco

Para um inútil desdém

Ama de trama,

Trama de drama,

De mentira

Coro dos medos

Em sua façanha estranha

Que se afoga por ir

Porque daqui parte

O que tive no leito

O berço se reparte

E me torna preso,

A uma imagem

Que não desaparece

Efeito de um parto festeiro

Pacto para meu amor verdadeiro

Que não desfalece

Rezo sem mãos e sem terços

Prezo agora pela esfera dos indulgentes

Gente deixada para trás

Com o gesto

De quem cometeria inverdades

Desigualdades e improbidades

Aos mais sinceros

Inteligente àquela que se distrái

E se contrái como dejeto

Objeto para que seja o prazer

O ver cego

Daqueles que não vençam amar-lhe

Estende agora o dedo

E impera o que espera

Qu lhe encham as mãos

De aneis e de dinheiro

Que diz ignorá-los

Mas nunca pensa deixá-los

Em outra direção

Trajeto e félitro

Para alguém que se farte

Para não aceitar-se

Qu não ama

Nem a si mesmo

Ledo recomeço

Frenética regalia

De um dia

em que se diga

que ao trair

Trai a ti mesmo

Acesa, apaga-se

Para um revoar que não traria

Mensagens de felicidades

À ti que sofrerás

Pois há de se dar

Para dár-se,

À qualquer preço

Deve e devo a quem

Lhe queria e não em segredo

Seu coração em partes

Reparte-se em margens

E afoga-se por inetiro

Vespeiro,

Fama foi o seu mártir

Mate o que pulsa,

De dentro

Aoyama,

Deméritos proclamam

Que prata valia?

Sacia agora a todos

Que a ti comprarem

Para que habite a cama

De todos os vulgares

Para que transite

Com suas entranhas

Por todos os lugares

Brisa que a lisura cortou a face

Porque se sabia que se queria

Como a um vulcão que nasce

E precipita o sangue a jorrar-se

Fúria daniha que iriga o solo

Para que lhe torne estéril

Erupção para que não se gernina o colo

Mesmo que o magma

Seja o princípio e o dolo

Que se definha como um não

Para que embase

Com sua corte

E seu ardor

Que se inflama

Em impura verdade

Ama que não ama

A quem te ama

E para que manche

De iniquidade

O repasse a bem,

A quem engana

Amar para ti

É violentar-se

Efeito de anestisia

De dopar-se,

Como a rima

Sem vida

Atormentada à julgar

Dúvida sem remendo

Amor terrorista

Que agito aos francos

Desabilita o credor

Ilusionista estopor

À darem-se escândalos

A praia de mensidão

Acomodada

Em que a onda

se abraça

Ao tempo

Emeros desenlaces

A guerra dos que ficarem

Seremos incanpazes

De darmos às pazes

A nós mesmos

Concordamos em em nada,

Acordamos

Que acordaremos

Fracos pelo medo

De um desejo isolado

O que finda,

Aoyama,

É a lama

Que não repara

E não pára

De ver-te,

Como minha.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 09/09/2012
Código do texto: T3873085
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