VEREDAS
A alma espreita a vereda noturna
e flocos de neve enfeitam o vazio;
no frio o corpo despido e sombrio
vagueia silente na estrada soturna.
O vento impele a rosa- dos -ventos
que gira o tempo sem tempo nem norte
recruta os filos do dia sem corte
recortes das fotos dos breves momentos.
Lembranças despertam bravuras e medos
que caminham sem eixo no veio da sorte;
recolhem das fontes frutuosos anseios
e bebem o beijo d’amantes consortes.
JP06092012