VEREDAS

A alma espreita a vereda noturna

e flocos de neve enfeitam o vazio;

no frio o corpo despido e sombrio

vagueia silente na estrada soturna.

O vento impele a rosa- dos -ventos

que gira o tempo sem tempo nem norte

recruta os filos do dia sem corte

recortes das fotos dos breves momentos.

Lembranças despertam bravuras e medos

que caminham sem eixo no veio da sorte;

recolhem das fontes frutuosos anseios

e bebem o beijo d’amantes consortes.

JP06092012

Aglaure Martins
Enviado por Aglaure Martins em 08/09/2012
Código do texto: T3872083
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