Ratos

Ratos

Meu corpo se desfaz sobre uma neurose abundante.

Ouço o palpitar de um coração acelerado.

Fonte do prazer lúcido, que percorre e destrói

O único e melhor patrimônio privado. Pensante.

Dos seres humanos, temo a todos. Corro e me escondo.

Desses podres receptáculos perambulantes, de satanás.

Malditos sem ambições, sem pudores e cruéis.

Mas me aconchego em seus braços, quando penso em você.

Apenas sigo minha sombra, nessa estrada da angústia,

Só meus passos e nada além. E continuo a caminhar.

Sem ter onde fugir ou escapar. Fraquejo e choro.

Provo do amargo sabor da morte. Degusto e aprovo.

Necessito de mais e mais. O verdadeiro verme sou eu

Ao fazer analogias impossíveis. O suicídio responde.

Ginsberg
Enviado por Ginsberg em 07/09/2012
Código do texto: T3870825
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