Ratos
Ratos
Meu corpo se desfaz sobre uma neurose abundante.
Ouço o palpitar de um coração acelerado.
Fonte do prazer lúcido, que percorre e destrói
O único e melhor patrimônio privado. Pensante.
Dos seres humanos, temo a todos. Corro e me escondo.
Desses podres receptáculos perambulantes, de satanás.
Malditos sem ambições, sem pudores e cruéis.
Mas me aconchego em seus braços, quando penso em você.
Apenas sigo minha sombra, nessa estrada da angústia,
Só meus passos e nada além. E continuo a caminhar.
Sem ter onde fugir ou escapar. Fraquejo e choro.
Provo do amargo sabor da morte. Degusto e aprovo.
Necessito de mais e mais. O verdadeiro verme sou eu
Ao fazer analogias impossíveis. O suicídio responde.