SILENCIOSA

Ando pelo encanto que me encantou

Palavras não encontram hastes em meus dizeres

Silêncio veste as vestes da ilusão...

Quiçá no olhar, reflexo do que há

no fundo, em que me vejo embriagada...

À tona, ando impedida de emergir...

Dominam-me em suas malhas, sensações...

Mescladas, não me deixar deduzir...

Me agitam sem remédio, convulsões...

Alguns momentos lançam-me em ventura...

Depois lançada sou nos temporais...

E sigo assim, perdida, em pensamento.

Quem dera em terra firme, em dia claro

pisando o chão o olhar achasse porto,

e enfim surgisse a calma dessa grita...

Persigo a paz que guarda o amanhã...

Insisto, pois preciso achar o termo...

Remédio, sei não há e ando enferma...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 04/09/2012
Código do texto: T3865815
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