SILENCIOSA
Ando pelo encanto que me encantou
Palavras não encontram hastes em meus dizeres
Silêncio veste as vestes da ilusão...
Quiçá no olhar, reflexo do que há
no fundo, em que me vejo embriagada...
À tona, ando impedida de emergir...
Dominam-me em suas malhas, sensações...
Mescladas, não me deixar deduzir...
Me agitam sem remédio, convulsões...
Alguns momentos lançam-me em ventura...
Depois lançada sou nos temporais...
E sigo assim, perdida, em pensamento.
Quem dera em terra firme, em dia claro
pisando o chão o olhar achasse porto,
e enfim surgisse a calma dessa grita...
Persigo a paz que guarda o amanhã...
Insisto, pois preciso achar o termo...
Remédio, sei não há e ando enferma...