Um Sopro de Desespero
Vibrações, confusas, indecifráveis
Sombra invadida pela solidão
Em dor, sofrimento, variáveis
Pessoas perdidas ao tempo, aflição!
O medo no qual sucumbi destruição
A pele fria exila recordação
De um ano que o calor devastara
A alegria, onde a luz desconhecia escuridão
O solo ainda era puro e macio
As árvores ainda figuravam o dia
A verdadeira angústia estava em desafio
Com o interior , invadido , melancolia!
O vento ao sul desprendeu-me da vida
Eu já não podia enxergar a luz,
Pois o breu que hoje me convida
Me deixou sua morada, vivência desinibida
Numa luta de cansaço e dor
Eu sempre fui meu próprio hospedeiro
Íntimo, solitário, desconhecido de amor
Levado a morte, por um sopro de desespero...