os mesmos injustos de sempre
O entardecer deixou o céu em chamas,
meu peito em silencio,
pulsando apenas pra não matar o corpo,
belo e triste é o crepúsculo,
minha noite chega em prol da solidão,
livre, abre as asas,
dona do que não é dela,
abrange o peito desse ser,
sem permissão,
nem sabia como era,
e se soubesse,
te pedia pra voltar, e ficar,
mas acho que tu eras cúmplice,
sabias de tudo,
leu o futuro em palma de minha mão,
não quero te culpar por te amar,
o tolo aqui sou eu,
te culparei a eternidade se for preciso,
por sentir tua falta, isso sim,
e tu nem sentes a mim,
estupido é o mundo, o amor,
injusto são os mesmos.