os mesmos injustos de sempre

O entardecer deixou o céu em chamas,

meu peito em silencio,

pulsando apenas pra não matar o corpo,

belo e triste é o crepúsculo,

minha noite chega em prol da solidão,

livre, abre as asas,

dona do que não é dela,

abrange o peito desse ser,

sem permissão,

nem sabia como era,

e se soubesse,

te pedia pra voltar, e ficar,

mas acho que tu eras cúmplice,

sabias de tudo,

leu o futuro em palma de minha mão,

não quero te culpar por te amar,

o tolo aqui sou eu,

te culparei a eternidade se for preciso,

por sentir tua falta, isso sim,

e tu nem sentes a mim,

estupido é o mundo, o amor,

injusto são os mesmos.

Marcos Pagu
Enviado por Marcos Pagu em 02/09/2012
Código do texto: T3861697
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