A Solidão do Louco Poeta

O poeta não mente para a poesia

Apenas lhe mostra o que sente pela mão que a cria

A poesia não engana o amor

Apenas lhe mostra a dor que nele existe

Quantas poesias terei de escrever?

Quantos poetas ainda serei para te fazer enxergar-me?

Pois ao te escrever em meus versos

Profano de certo modo o amor que me habita

Me exponho, me revelo e me coloco em suas mãos

Ferida que não cicatriza!

Em quantos amores terei de me inspirar?

Por quantas dores terei de gritar

Para te fazer entender que é por ti

E somente por ti, que meu coração de poeta

Explode ao sentir-se amado?

O poeta não mente em sua poesia

E sua poesia não o priva da dor

Apenas alivia a solidão que em sua mãos

Se transforma no amor que esse louco poeta

Sempre desejou

O Palhaço e o Poeta
Enviado por O Palhaço e o Poeta em 25/08/2012
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