A Solidão do Louco Poeta
O poeta não mente para a poesia
Apenas lhe mostra o que sente pela mão que a cria
A poesia não engana o amor
Apenas lhe mostra a dor que nele existe
Quantas poesias terei de escrever?
Quantos poetas ainda serei para te fazer enxergar-me?
Pois ao te escrever em meus versos
Profano de certo modo o amor que me habita
Me exponho, me revelo e me coloco em suas mãos
Ferida que não cicatriza!
Em quantos amores terei de me inspirar?
Por quantas dores terei de gritar
Para te fazer entender que é por ti
E somente por ti, que meu coração de poeta
Explode ao sentir-se amado?
O poeta não mente em sua poesia
E sua poesia não o priva da dor
Apenas alivia a solidão que em sua mãos
Se transforma no amor que esse louco poeta
Sempre desejou