Sangue, Grito e Solidão
Furacão que nasce na alma, venta forte levando os sonhos,
Sangue que escorre pelo chão, revelando a dor no coração.
Gritos do seu "eu", que só você pode ouvir,
E se pergunta o que pode ser feito para sair desta solidão
A noite parece não ter fim,
A solidão incomoda,
É como uma flecha que entra no peito,
O mundo gira sem sentido.
Como mar de ressaca meus pensamentos estão,
Assim como em dia de nevoeiro, meus olhos não alcançam o horizonte,
Sinto-me como uma criança desagasalhada,
Nas longas noites de inverno.
A taça que cai ao chão e se quebra em pedaços,
Castelo de areia que a onda leva,
Sonhos que se foram,
Um dia que promete amanhecer.
Pesadelos que não querem me deixar,
Ilusões que insistem me assombrar,
O falso sorriso que se transforma em lágrimas,
O distante dia da felicidade.
Mas mesmo vendo o rio de sangue que me leva a vida aos poucos,
Não posso me entregar, contudo não consigo reagir,
O que fazer, pra onde ir, como ajudar eu mesmo a sair deste labirinto,
Não estou aguentando, vejo a morte, ela está viva.
Lembro-me de dias que se passaram onde ainda havia esperança,
Dias onde havia luz, alegria e sonhos,
Fecho os olhos e sonho com esses dias,
Confesso que tenho pouca força, mas não quero desistir.
Vou, passo a passo, sem rumo, sem força,
Indo sem destino tentando encontrar felicidade,
Olho para o céu e vejo o infinito e sei que em algum lugar vou chegar
E se lá não encontrar meu sonho, vou saber que morri por tentar.