A TUA EXISTÊNCIA NA MINHA SOLIDÃO
Ainda te guardo em mim,
Que hoje me lembra tanto esquecimento...
Como posso esquecer
Que um dia eu te amei,
Se ainda tenho a alma enclausurada
Nas noites em que não encontro sono?
Noite sem esperança,
Solidão que me alcança,
Atravessando os sonhos
Que hoje me são medonhos!
O vento de chuva trás o frio,
Mas tu sabes a sua cor?
Uma imagem noturna,
Um grito de dor e lamento...
O sofrer é tão lento,
Que às vezes esquece qu’eu existo!
De tão triste,
As minhas lágrimas já desbotaram
De tanta rejeição do teu olhar,
Que agora não encontro mais...
Esqueceste de mim,
O meu coração desiste,
Do amor;
De ti;
De nós,
Que agora somos dois.
O que seria da realidade se não houvesse
Os versos tristes do poeta?
Dos seus versos de solidão?
Da sua dor causada por uma paixão?