Calar os versos
Quero calar este poema
que me consome e alucina,
dança em minha cabeça
Ó cruel, lúgubre cântico...
Repetidos versos fúteis,
palavras voláteis ao vento.
esdrúxulas poesias inúteis.
Sorvo amargores angustiantes,
da aridez de mil desertos,
fome e sede, alucinantes...
Trágica vida do rio ao mar,
deslizando pela montanha
os seixos rolam sem parar.
Esperanças correm ligeiras
como águas das enchentes,
em amareladas cachoeiras
morrem no fundo anilado,
sem lágrimas ou funerais...
Águas, dilemas, o mar, sumir
Tempestades sem parar?
Ah!...versos me consomem
Preciso descansar, dormir,
esta louca dança cessar,
o poema... preciso calar!!!
81 recados(s) enviado(s) até o momento.