Madrugada Triste
Lindo rodar por Sampa madrugada a fora
Observar prédios, carros, personagens alegóricos,
Odores vulgares...ascendo o cigarro já abandonado...
Baforadas na madrugada fria...me sinto só..
A pessoa mais solitária do mundo...
A moça sem máscara...
Sou fera triste escondida na alegria dos dias
No pretume da noite a melancolia comum
Aos poetas boêmios...
Aquele que não tem um amor mal acabado
A inspiração escorre pelo dedos com areia fina
Bendita dor necessária!
As três da madrugada...olho para as putas,
Obscenas guerreiras encardidas do amor de ontem
Bêbados caídos pela calçada...
Guris e gurias em frente a inferninhos...
Eu rodando, rodando inundada na solidão sem fim...