AUSÊNCIA

Vai! ó minha alma! em teu voo distante,

Ao som de um bolero

E agonizante...

Vai! ó minha alma! O teu corpo esquecido,

Em mármore branco

Põe se estendido.

Vai! ó minha alma! e ainda sedenta,

Às fontes mirradas

De fria placenta.

Vai a minha alma. E sozinha se esvai...

É tão fria a noite

Que sobre ela cai...

Moses ADAM

Ferraz de Vasconcelos

Mq.0507/2009