PAUSEI

A noite hoje está muito vazia

Sinto falta de uma certa doçura

Candura

E de nada valem todas as balas e frutas ao meu redor

Nada me preenche

Até o espaço entre uma letra e outra no meu papel

Faz vácuo, hiato

Dentro de mim!

E esse impulso que me manda gritar as minhas saudades

E essa razão que me manda calar as minhas vontades

E eu,

que nunca obedeci a essa ordem tirana

Estou aqui, agora,

assim quietinha,como quem espera chuva no sertão,

Sem entender nada,

Sem saber que batalha em mim se trava,

Por que afinal,

hoje eu tive todos os motivos para sorrir...

Pausa...Pausa...

Precisei deter a minha pena

Para não escrever seu nome

impensadamente

naquela declaração de amor

que fiz no meu poema!