CONFISSÃO

Não quero mais

falar que amei,

que aguentei tudo e

jamais entendi...

Retruco o próprio

pensamento humano

me desapegando da carne.

Não me dá ânimo o

carnaval de minha alma.

Confesso não te quero

longe...

Também perto em silêncio

de parede não te espero.

No além não há moldura

para guardar tua imagem.

Gritei e calastes,

abri os braços e o vazio

do escuro ampliou a

dimensão das estrelas.

Sou réu das palavras

poéticas ditas no gozo

da solidão.

Fernando Matos

Poeta Pernambucano

Fernando Matos
Enviado por Fernando Matos em 07/08/2012
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