DISFORIA

Parte já do que passou

Na memória assinalada

Solidão o que restou

E caminho na jornada

Adoçada em conta-gotas,

Pela lua, franqueada...

Tão só, lembranças mais nada

Nada que brote ao presente

Pedra que restou, silente

Na curva desta jornada.

Riso que ao tempo esvai

Já não propicia alento

Nem ao ânimo, alimento

Lá no já ido, se esvai...

De novo ilusão que canto

Mantra que rezo ao acaso

E que preenche o meu dia

Esvaziando o real

Tristeza que me consome

Nessa tarde tão vazia...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 05/08/2012
Código do texto: T3815040
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