DISFORIA
Parte já do que passou
Na memória assinalada
Solidão o que restou
E caminho na jornada
Adoçada em conta-gotas,
Pela lua, franqueada...
Tão só, lembranças mais nada
Nada que brote ao presente
Pedra que restou, silente
Na curva desta jornada.
Riso que ao tempo esvai
Já não propicia alento
Nem ao ânimo, alimento
Lá no já ido, se esvai...
De novo ilusão que canto
Mantra que rezo ao acaso
E que preenche o meu dia
Esvaziando o real
Tristeza que me consome
Nessa tarde tão vazia...