Caminhar sozinho
Então, dei um beijo no rosto como se estivesse falando até breve ou até logo, ou, quem sabe, seria um adeus.
Só Deus sabe como e por onde posso andar... De fato, não sei nada e nem ao menos a estrada vou optar.
Caminho por onde o sol nasce, mas olho onde eu não vejo. Por mais que eu não o veja, sinto-o.
É o calor constante. Minha roupa está molhada, meu rosto trêmulo.
Eu me despedi, porque queria caminhar sozinho, porque eu necessito pensar.
Pensar, pensar e pensar. Mas, também, preciso reagir e agir,
Enquanto vejo o mundo se iludindo, de saber qual o papel a cumprir neste cronograma vitalício.
Mas que vida em apuros! Mal me cuido, mal quero saber dos meus apuros.
Vivo, por si só, mas vivo.
Renato F. Marques