Tudo em mim
O que me habita não me pertence
E vive em mim o que me mata
Tudo que tenho me falta
E em meus pulmões, entrastes.
O que mais amo me nega
O que mais sonho me perturba
Uma solidão me vela
E em meus pulmões, ficastes.
Me prende o que me escapa
Me fere o que me cura
Me entristece o que me alegra
E dos meus pulmões, por fim, saístes.