HOJE - 21/06/2012

HOJE

(Luciane A. Vieira – 21/06/2012 – 13:55h)

As marcas em meu corpo

São tais e tantas

E tristes... E calmas...

São tais e tantas

Que enfurecem a dor

E se imiscui na vida...

As marcas vívidas

Escondidas em meu ser

Se retraem e se doem

Tanto e de tal maneira

Que já não suporto

Dela, sequer, o cheiro...

Não encontro, nela,

A flor

E me congelo e escravizo

Na cor da dor...

As marcas em meu peito

Tantas são que nelas

Já não sinto a

Dor dos espinhos...

Hoje minhas marcas são

Da cor da dor que

Se enraíza e se escraviza na

Seiva da flor...