DESPEDAÇADO
“DESPEDAÇADO”
A vida,
A quem me liga?
Flagelo despedaçado,
Desperdiçado,
Pedaços de mim,
A que a vida me liga?
Passos do fim?
Em que o melhor dos sonhos se habita
Fica por mim,
Mais um tempo
Diga somente a mim
Que me ama a seu preço
Enredo de alvorecer
Amanhecer de um existir,
Razão em se dividir,
Em se divertir.
O amor verdadeiro que não se finda
Espera e compartilhada,
Nas falhas e aborrecimentos,
Sentimentos que vemos
Estilhaços de estrada
A trava que não se permite,
Avanças o tempo
O amor que vive,
Refaz primeiro!
Esquecer o poderio,
O poder do rio,
Da ventania,
Da vida,
Que despedaça
O sentimento de um corpo trêmulo
Conselheiro,
De um amor ditador por extremo!
Temo jamais poder me esquecer,
O sorrir de um coração enfermo
Meus desejos e meus sonhos,
Penso tê-los,
Francamente!
Fartamente daria minha vida,
A quem...
Eternamente,
Traria da luz,
E o amor que peno
E que não se contém mais!
Veia que traga o mundo
Em lúdicas luas de estrelas
Para que a ceia
Seja a seda dos nobres
E a cura
De toda a dor que se pode
Que se encobre,
Ao ajoelhar-se ao mundo
E não se dissolve
Quando resolve,
Repartir-se em diamantes
Que corem as lágrimas
Em juras de amor que me voltem
E que não se tornem surdos!
E dar-se em cortes,
Pelos lábios imponentes
Estridentes,
Convincentes,
- Que sorte!
Pelo medo que a morte
Tema por mim,
Viverei a certeza,
Sempre à espera,
Que por fim,
Virá somente,
Em sempre por último
Sendo que os outros,
São mais robustos,
Em que bustos ao forte
Saberá que sou o hóspede,
E o mote,
De sua própria vivência.