Um Nada
Oh! Mil poemas de solidão
Sucessivas gotas caem do céu
Um trivial e torpe véu
Inoculado na imensidão
Oh! Mil poemas de amor
Que outro fim jamais rimou
Fazendo de tudo encantado
Enquanto ainda não és dor
Mas esse poema misto
Não pode ser mais do que isto
Triste e sem paisagem
Só esse esqueleto esquisito
Excretado em hora importuna
Deseja ser poema de coisa nenhuma...