Um Nada

Oh! Mil poemas de solidão

Sucessivas gotas caem do céu

Um trivial e torpe véu

Inoculado na imensidão

Oh! Mil poemas de amor

Que outro fim jamais rimou

Fazendo de tudo encantado

Enquanto ainda não és dor

Mas esse poema misto

Não pode ser mais do que isto

Triste e sem paisagem

Só esse esqueleto esquisito

Excretado em hora importuna

Deseja ser poema de coisa nenhuma...

Lopes Neto
Enviado por Lopes Neto em 17/07/2012
Reeditado em 15/05/2019
Código do texto: T3781940
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