Negas!

Negas a suplica insistente

Aos ouvidos as palavras mudas

A espera inconsciente

Ecoam como mensagens duras

Negas ao dia o sol que ardia

As brasas que ao corpo inflamava

A lembrança aberta repudia

Em breve momento blasfemado

Negas a saudade cortante

Punhal brilhando ao penetrar

Engole o cálice da iniqüidade

Soturna fenece a sangrar

Condenado a jazer no hades

Negas...

Luzia Ditzz

Campinas, 15 de julho de 2012.