SEM TOM

Caminhas ao relento
num contínuo vai-e-vem

no ritmo da nostalgia.

Passadas frias e firmes
Tronco ereto, cabeça vazia.
Coração cheio de apegos
Lembranças dos espelhos
O sorriso se ouvia,
E o ouvido sussurrava,
As melodias de encanto e magia.
O pensamento se curvava à rebeldia
E tua presença reverenciava
A ausência de minha própria companhia.
Já não segue as trilhas da razão,
Esses pés nus rumo à emoção.
No palácio mórbido da dúvida,
Encontra a verdade derradeira.
Ser feliz é o que importa,
Ainda que sem tom
Preciso cantar as músicas
Da minha tia Marrom.