O NADA EXISTE

Meu olhar perdido absorto

Na viela só um nada a frente

E pedaços de tempo morto

Num clima de verão quente

Até o chão parece ferver

Na monotonia do ambiente

E um redemoinho a preencher

A triste ausência de gente

Minha alma vaga sem rumo

E dentro do nada eu sumo

No quadro mórbido e triste

Pra buscar não sei o que

E olhar o nada pra ver

Que ele é real e existe

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 12/07/2012
Código do texto: T3774058
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