PINGOS DE CHUVA

o vento castiga, a estrada é deserta

o cansaço chega, o sol desaparece

as nuvens se juntam, logo anoitece

o medo me perturba, meus nervos reagem

o sono me chama, mas preciso andar

vencer esse desafio, não posso parar

a chuva vem, molha o meu rosto

são pingos fortes, encharca meu corpo

não vejo abrigo, o andar é torto

meu cérebro pára, me sinto um morto

não vejo a estrada, só vejo a chuva

os pingos martelam, dói a cabeça

sigo em frente, talvez amanheça

as pernas enfraquecem, querem parar

eu quero repouso, a mente ordena

cessam os pingos, muda a cena

parou a chuva, o vento amainou

os pingos de chuva, um pobre sofreu

nós dois nessa luta, o fraco sou eu

Moacir Rodrigues
Enviado por Moacir Rodrigues em 12/07/2012
Reeditado em 10/10/2022
Código do texto: T3773617
Classificação de conteúdo: seguro