Hoje sou desilusão
Coração vazio,num sábado a noite,não dá certo.
Sou vazio de sentimento,atrás de estofos que recheiem
a alma,que vaga sozinha,por entre as mesas,pedindo doses
para vencer a solidão.
Meu mundo está,aqui no balcão,meu céu tem gosto de vodka
na minha mistura,tem de por amarilla,tequila e limão,ai explodo.
Sorrisos a meia noite,loucuras a meia luz,uma boca sem nome,um corpo,um vestido,tomara que caia . . .na minha cama.
Quero esquecer o tempo,ele não me ajuda a ser feliz,pelo contrário,
me pune a cada tic tac.
A vida que não quero,fica na rua,aqui no quarto com cortinas velhas,desbotadas,com abajures desligados,uma cama se cala,não há nada a ser dito,somos corpos atrás de um propósito,hoje. . . sexo,quem sabe num outro amanhã . . . meu amor pague uma dose.
Me engane,com carícias a toque de caixa,beijos econômicos não vão me satisfazer,quero o que o dinheiro pode pagar,mesmo que acabe,enquanto a carteira estiver aberta,quero ser feliz.
A noite está no fim,um batom com cara de despedida,um vestido com o zíper aberto,os sapatos na mão,um adeus,seco,com gosto de nada,abre as portas para a melâncolia,que a espreita esperava quieta,a minha sofreguidão,a falta de vida apaga o brilho dos olhos,o corpo já não responde,o sono que chega me faz viajar,
serei saudade,mas não hoje . . . hoje,sou desilusão.