A MORTE DO SOL
A Morte do Sol
Estava solitário numa praia de fofas areias,
Olhando a esmo para o lado poente.
Avistei ao longe a luz de muitas candeias,
Sem que o calor da luz queimasse a gente.
O sol morria numa bola enorme,
Descambando solitário, parecia doente,
Lágrimas coloridas transformavam, disforme
O meu pobre e reles ser inconsciente.
Clamei, então, ao sol para que aparecesse
No novo dia que viria certamente,
Para que a rosa cheirosa não fenecesse
E eu pudesse ver minha amada novamente.