Tudo vazio...
Quem há de nós avisar em uma noite de chuva que é preciso ter um pouco mais de esperança que o sol sim virá?
Porque ela está vazia… Todo o a redor, o meio, o fim, o começo, o errado, o certo, o nosso, o avesso, o de ninguém, o que ninguém quer, o que eu nem mesmo sei se quero. Estou vazia…
Todas as certeza, as dúvidas, os medos, as inseguranças, as esquinas, os travesseiros, as noites, os dias, as tardes, a sensação de enfim sentir-se completa. Tudo as pedaços, só o vazio restou.
E eu estou acabada, exaustivamente cansada, chorei, pela primeira vez chorei, por um fim que há muito tempo já havia sido fim e só a tonta aqui não aceitava…
Foi aquele cara maluco, com manhias estúpidas que tanto amor dei, me deixou assim. E eu tento encher todas as minhas partes vazias de pessoas que inflam o suficiente para me fazer mais macia, tentativas inúteis, tudo ilusão. Além do vazio e essa dor que não passa, ando seca. Ressecada de tanto vazar por um dia ter pensado que as escolhas já haviam sido todas feitas e que a minha parada final era bem ali em seus braços…
Todas as coisas que eu planejei fazer com você, a cama bagunçada, os filhos que íriamos ter, o pra sempre juntos, as palavras, promessas e carinhos…. Estamos vazios!
E ele foi embora sem ao menos olhar pra trás, e entre os seus passos, ainda tento entender onde das esquinas foi que tudo se perdeu, onde foi parar aquele nosso amor maluco um pelo outro, onde foi parar o meu sorriso, porque agora ando sem ele…