O AMOR EM MIM
O amor em mim é como uma célula alienígena
Que circula livremente por todo meu interior
De uma forma tão intensa
Que o sinto sair por meus poros
Vejo-o rondando meus sonhos
Percebo-o ao meu lado
Em todos os momentos do dia
É como o ar que adentra minhas narinas
E por mais que tente
Não consigo parar de respirá-lo
Sinto-o na termicidade do tempo
Como se dele emanasse o poder
De fazer-me sentir frio ou calor
O amor em mim é uma semente
A semente da perseverança
E persevera por terrenos inóspitos
E contra todas interpéries do caminho
Teima tenazmente em germinar
O amor em mim é uma doença
Que não mata nem tampouco tem cura
O amor que tenho em mim
É sofrimento e alegria
É rigidez e candura
É primavera e inverno
É sanidade e loucura