Pescador de Sonhos

Quando o dia se vai e a noite

Apossa-se dos meus versos,

Um turbilhão de lamentos cavalga

Como se corcéis alados brincassem

Nos limites da razão, da emoção de cada versículo

Aqui marcado pela penumbra!

Ao me despir,

Pela franca abertura das janelas

D’onde uma melodia me traz esta voz

Que insinua, gera estigmas, rituais,

Apenas ouvidos pelo linguajar do silente!

Tendo o sentimento como meu pastor,

Deixo-me voejar pela brisa, hoje fria,

Mas mergulhada em apreços acolhendo

O corpo, a mente, a centelha que mostra-se

Além dos oceanos do compreensível!

Vendo-me

Feito um pescador de ilusões,

Navegando por nuvens e universos,

Sinto do amor o sonho, a lua nova,

O desejo tatuado no poema escrito pelo tempo!

19/06/2012

Porto Alegre - RS