Grito de Ilusão
No vazio já subjugado de minha alma
Aguardo a última das sentenças
Pois a vida já me foi injusta o suficiente
Sendo o pesar das perdas agora sufocante
Quem sou além de um morto vivo
A centelha de luz já perdida na vastidão do universo
O mal de todos os séculos
Pois ninguém me quer
O amor foge de mim
A amizade chora ao me ver
E os meus escolhidos caem um por vez sem brilho nos olhos...
Sou a dor voraz do silêncio
Eterno martírio dos perdidos
Escrevendo sempre incontáveis contos na mão de muitos
Onde uso seus corações para me retratarem ao mundo
Mostrando minha face aos impróprios
Felizes de coração
Isentos de incompreensão
Porque um dia seus pedidos já foram ouvidos
Já receberam de volta o seu depósito de esperanças
Trocando-o tal por uma caixinha de musica
Dois anéis e uma luz
Tão pobre caminho que só vejo minha cruz...
Eu estou morrendo
Tristeza é a minha irmã
Ignorância é a mamãe
Papai já se foi há muito tempo
Pergunto-me todo dia porque me chamaram de Solidão...
Que chato, que droga, que hipocrisia acreditar em finais felizes para histórias de carochinha.
“JJ”