Túmulo Ambulante
No sepulcro de meu peito
Jaze um velho coração
Em seu eterno leito
Junto só da solidão
Coitado, que feneceu
Sofrendo lentamente
E, aos poucos, morreu
Hoje, nada mais sente
Sinto muito por dizer
Que aquilo que havia
De bom está a morrer
Pouco a pouco a cada dia
Vivendo esta vida em vão
Apenas seguimos adiante
Eu e meu morto coração,
Sou um túmulo ambulante