VERTENTES
Gosto desta afabilidade do contato,
Melhor seria o tato o gosto e tudo mais...
Poder estar em tua íntima posteridade;
Permeada por tua alquimia que me invade,
No terreno movediço do quere-te por demais...
Queria perpetuar-me em teu seio em teu leito,
Como o sol e a brisa fazer-me sentir em tua pele...
Fazer a releitura exata de tua esquiva escrita;
Para assim entender nas entrelinhas a palavra dita,
Pois palavra dita por si mesma nunca se repele...
Gosto desta obsequiosidade naturalmente sincera,
Melhor seria o algo a mais neste desejo inserido...
Chegar ao píncaro de tuas cognitivas vertentes;
Em uma explosão desses desejos por ti latentes,
Pelo signo de um instante em nós tão despercebido...
Queria uma palavra um toque tua presença presente,
Como poder estar lado a lado aos teus fluidos passos...
Não entender e sim compartilhar de tuas dimensões;
Sentir que o tempo não usou do véu das ilusões,
Saber real a circunferência desses loucos compassos...
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