DO POUCO QUE AINDA RESTA
Sozinho, nesses tantos vazios,
quando a saudade inspira momentos abstratos,
olho ao redor procurando qualquer lembrança,
desfazendo em mim a razão da esperança,
vendo a vida seguir com seus tristes fatos...
num velho álbum, os mesmos retratos,
sorrisos sinceros, momentos felizes.
E depois de tanto tempo passado,
depois do tanto que foi realizado,
a solidão impondo outras diretrizes.
Romances sinceros, mas passageiros.
Estrangeiros os solos desse meu caminhar.
E num campo vasto e desconhecido
antes mesmo que a noite tenha amanhecido,
fecho os olhos tentando novamente sonhar...