Anoitecer

Na borda do asfalto,

Ao fim do dia,

Em desalinho segue

Um homem

Seu caminho embriagado.

Alaranjadamente

Denso esmorece

O sol poente.

Ansiosamente

Quer deitar-se

A qualquer custo. Porém,

Inconstante, tropeça

Em pesados passos

E a cabeça lacônica incide

O farol

De um belo carro.